Carnaval 2024: Reginaldo Rossi será homenageado no Galo da Madrugada

Com o tema "Reginaldo Rossi no Reinado do Frevo", o 45° desfile do Galo da Madrugada vai homenagear o Rei do Brega no Carnaval do Recife em 2024. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 22, que trouxe detalhes sobre a próxima vez que o maior bloco do mundo sairá às ruas - como de praxe, no Sábado de Zé Pereira, 10 de fevereiro.
Cada um dos 30 trios elétricos da agremiação terá o nome de uma música do cantor recifense, que completaria 80 anos em 2023 se estivesse vivo. "É, de fato, um verdadeiro rei que merece todas as homenagens, também, do frevo, majestade do Carnaval pernambucano", explica Rômulo Meneses, presidente do Galo.
Roberto Rossi, filho de Reginaldo, garante que, se estivesse vivo, o rei da música brega seria só gratidão pelo reconhecimento e homenagem vindos do maior bloco do mundo. "Meu pai era fá da nossa cultura, da diversidade cultural de Pernambuco. E ele bebeu muito dela, fã de Gonzaga, dos bregas contemporâneos a ele e dos que surgiram muito por sua influência", disse.
Em 2023, o bloco concentrou 2,5 milhões de foliões, segundo a diretoria, e pretende, no próximo ano, torná-lo ainda mais forte, por meio da promoção de um intercâmbio cultural entre artistas do brega e do frevo. "Será um belo espetáculo à altura da grandeza do Rei Reginaldo Rossi. E quem ganha com tudo isso é o folião e a cultura pernambucana”, garante Rômulo.
Fundado em 1978 com o intuito de trazer de volta às ruas do Recife as tradições do Carnaval de rua, o Galo da Madrugada já homenageou, ao longo dos seus 45 anos de existência e 44 desfiles, personalidades pernambucanas como Luiz Gonzaga, Ariano Suassuna, Carlos Fernando, Chico Science, Alceu Valença, Jota Michiles, J. Borges, Enéas Freire, Ary Nóbrega, Claudionor Germano, entre outros.
Vida e obra de Reginaldo Rossi
Reginaldo Rossi nasceu no Recife, em 14 de fevereiro de 1943. Antes de iniciar a carreira artística, foi professor de matemática e estudante de engenharia. Foi por volta de 1964 que se encantou pelo mundo da música. Começou cantando rock, com influência de Elvis Presley e Beatles. Comandou o grupo de rock The Silver Jets, integrando-se, depois, à Jovem Guarda.
A primeira gravação de Rossi foi "O Pão", nome do seu primeiro disco, lançado em 1965. O sucesso veio com "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", regravada por vários artistas.
Mas, nos anos 1970, Reginaldo saiu da cena roqueira jovem e dedicou-se ao repertório popular e reconhecidamente brega, fazendo imenso sucesso no Nordeste. E foi através desse estilo, o brega romântico, que ele ficou e manteve-se nacionalmente conhecido. Algumas de suas canções mais famosas são "A Raposa e As Uvas", "Garçom" e "Leviana".
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