Movimento Doe de Coração lança 19ª campanha no Ceará

Movimento Doe de Coração
O Movimento Doe de Coração lança sua 19ª edição de modo online. Foto: Renato Radeke/Divulgação

O Ceará é referência nacional em transplantes de órgãos e tecidos, tanto pela capacidade da rede de saúde como pela vocação do cearense em doar – ato incentivado anualmente pelo Movimento Doe de Coração, que lança a 19ª edição, de modo online, nesta quarta-feira (1º).

A programação da campanha inicia às 10h, com live transmitida pelas redes sociais da Universidade de Fortaleza (Unifor) e pela TV Unifor (canal 181 da Net). O tema, este ano, é “Doe de Coração e os desafios do transplante de órgãos e tecidos em tempos de pandemia de Covid-19”.

Além das ações anuais de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, a Doe de Coração 2021, da Fundação Edson Queiroz, vai prestar homenagem a seis profissionais de saúde que atuaram na realização de transplantes em 2020, em meio aos desafios da pandemia. Houve uma diminuição importante dos órgãos doados, porque muitos doadores acabaram sendo infectados por Covid. Os transplantes não pararam, mas caíram muito. Janaína Ramalho Nefrologista e coordenadora da campanha

De hoje a 30 de setembro, serão realizadas diversas ações presenciais e online para mobilizar os cearenses sobre o tema. Escolas públicas e privadas, shoppings, hospitais, praças e avenidas receberão os eventos, que incluem sorteio de camisas e distribuição de kits.

Já no Dia Nacional da Doação de Órgãos, 27 de setembro, ocorrerá a solenidade de homenagem aos profissionais de medicina, enfermagem, nutrição, educação física e farmácia que se destacaram no combate à Covid-19.

Doação de órgãos no Ceará

Em 2020, de janeiro a dezembro, o Estado registrou 456 pessoas elegíveis à doação de órgãos, mas só 193 efetivaram o ato, por recusa ou questões de saúde. Mesmo com a pandemia, 1.089 transplantes foram realizados no Ceará.

Já neste ano, até junho, dos 240 doadores elegíveis, 78 se tornaram efetivos, 50 doando múltiplos órgãos. No primeiro semestre, foram mais de 600 transplantes de órgãos, e até 10 de agosto o número já ultrapassava 780. https://flo.uri.sh/visualisation/7147933/embed?auto=1A Flourish chart

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), “nos meses de maio a agosto, já houve uma recuperação progressiva dos procedimentos, com a normalização na realização de todos os transplantes”.

A médica Janaína Ramalho aponta que um dos maiores obstáculos para doação de órgãos ainda é a recusa por parte das famílias, no caso de doadores falecidos. Na pandemia, até a abordagem dos profissionais de saúde com os familiares ficou mais restrita.

“A autorização para doação depende da família, então é importante as pessoas falarem disso em casa, informarem aos familiares que são doadoras de órgãos. Num momento de dor, se a família já souber disso, ajuda bastante”, alerta a médica.

Canais para acompanhar

Diário do Nordeste – Escrito por Redação, 09:00 / 01 de Setembro de 2021.

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