Exposição "Mulheres do Mar" na Praia de Iracema

Imagem da obra
Imagem da obra “Praia Portátil”, de Tatiana Tavares (Foto: Divulgação/Tatiana Tavares)

Relações de mulheres artistas com o mar, com a cidade, consigo mesmas e entre si. Sob essa perspectiva, a instalação performática “Mulheres do Mar” fica em cartaz de 24 de novembro a 5 de dezembro no Farol da Juventude, na Praia de Iracema, em Fortaleza. O projeto faz parte das comemorações de 10 anos de atuação, na Capital, do grupo de pesquisa artística EmFoco, e foi contemplado pelo VIII Edital das Artes da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secutfor).

A exposição traz obras de 20 mulheres, elaboradas durante residências artísticas realizadas nos meses de julho e outubro, de forma virtual. Além dos trabalhos, a instalação contará ainda com a performance “Pescaria”, de Marie Auip, que também é idealizadora do projeto e facilitou os cursos.PUBLICIDADE

Na performance, a artista escreve e costura, em uma linha de pesca, histórias de mulheres com quem conviveu em encontros no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo do Idoso do Centro Comunitário Luiza Távora. Haverá também espaço para mulheres presentes que queiram contar suas histórias, que serão adicionadas ao trabalho.

Na instalação serão exibidas algumas das obras físicas desenvolvidas pelas artistas, além de fotos e vídeos dos processos criativos. Entre os temas, há debates tão distintos como diversidade de corpos, necropolítica, especulação imobiliária e ancestralidade indígena.

Rhaiza Oliveira, uma das participantes, classifica a residência como “uma experiência de conexão comigo e com outras tantas mulheres”. Para ela, o processo de criação artística do projeto “foi e tem sido um caminho que se arruma e se desarruma, sempre transformador”. Ela apresenta na exposição o vídeo “Algo de Mar”.

Marie Auip, curadora da instalação e facilitadora das residências, lembra que na realização dos cursos “a história que cada uma trazia era um pouco da nossa história”. Ela pontua as singularidades das participantes “não apenas como ato individual, mas como nuances dos modos que os contextos históricos estruturais atravessam os corpos destas mulheres, que ocupam locais sociais e lugares de falas diversos”.

O POVO online/Por BEMFICA DE OLIVA 08:10 | 20/11/2020

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